sexta-feira, outubro 13, 2006

Sexta-Feira 13

Um jogador pode perder dinheiro e não lhe dar valor. Outros jogam num ritmo louco viciado muitas vezes doente e nem percebem que o problema não é o valor que não lhe dão mas sim o valor que não a si mesmos… Neste jogo o objectivo é o dinheiro.

Há pessoas que precisam de jogar na vida para dar valor àquilo que perdem.
Mas muitas vezes nem assim lhe dão valor, ou então não se dão conta que não dão valor é a si mesmas…
AZAR!!!
Sem dúvida! Para mim na vida o objectivo é o: Amor ;-)
(e com isso eu não jogo)

segunda-feira, outubro 09, 2006

Honey and the Moon

And right now
I wish that I could follow you
To the shores
Of freedom
Where no one lives

Freedom
Run away tonight
Freedom, freedom
Run away
Run away tonight

Ontem deram-me esta musica para ouvir. Grande presente =) obrigado.
(Artist: Joseph Arthur Song: Honey and the Moon)

quarta-feira, outubro 04, 2006

Todo o Tempo do Mundo

Já não há tempo. Ninguém se lembra!
O tempo parece escorregar por entre os cabelos, brancos da neve que lá fora cai. E eu apenas baloiço nesta velha cadeira, tão velha quanto eu, cuja madeira range como se lhe quisessem romper palavras do fundo da alma.

Já não há tempo. Ninguém se lembra!
Da lareira que me aquece, ouço os estalidos de um lenho, outrora forte sustento de uma árvore que majestosa conquistava o céu mas, que se deixa consumir num braseiro infernal sem se poder salvar. Ferve-lhe uma réstia de seiva nervosa em ebulição, geme enquanto foge do seu destino.

Já não há tempo. Ninguém se lembra!
Uma mesa vazia tão cheia de lembranças. Recordo os amigos que abracei, sorrisos ganhos e lágrimas perdidas, sabores que provei e mulheres que amei. Nestes azulejos frios e intemporais permanecem as historias que tento esquecer, as que nunca vou querer escrever – "Há gente na história da história da gente".

Já não há tempo. Ninguém se lembra!
Alimenta-me o reconhecimento que guardei dos outros. Procuro o reconhecimento que outros não me deram. Também reconheço, a justiça não me compete a mim definir, está entre uma linha tão torta como a tal em que Deus escreve tão certo. E é Deus que me balança a cadeira, sinto-o enquanto inspira profundamente e me segreda ao ouvido.

Já não tenho tempo. Já esqueci!
O meu legado, a minha herança são dois punhados de humildade, uma saca de verdade, uma mala de saudade, um baú de descobertas, uma casa de portas abertas, um coração de amor e um mundo um pouco melhor. Se dei sem esperar recompensa, o meu retorno é maior, mais valioso, nada maior de como hoje me sinto. Por entre as rugas que me marcam o caminho estou a sorrir e sou feliz – sinto-o no meu íntimo.

Nunca há tempo. Ninguém se quer lembrar.
Temos todo o tempo do mundo! Disso ninguém se devem esquecer.
Temos todo o tempo do mundo!
Tempo para Viver.
Tempo para Amar.
PS.- "Há gente na história da história da gente" in PassoEmFrente - espero que não te importes, é que adorei a frase ;-)

terça-feira, outubro 03, 2006

Eu quero marcar um Z dentro do teu decote
Ser o teu Zorro de espada e capote
P'ra te salvar à beirinha do fim
Depois, num volte face vestir os calções
Acreditar de novo nos papões
E adormecer contigo ao pé de mim

Eu quero ser para ti a camisola dez
Ter o Benfica todo nos meus pés
Marcar um ponto na tua atenção
Se assim faltar a festa na tua bancada
Eu faço a minha última jogada
E marco um golo com a minha mão

Eu quero passar contigo de braço dado
E a rua toda de olho arregalado
A perguntar como é que conseguiu
Eu puxo da humildade da minha pessoa
Digo da forma que menos magoa
«Foi fácil. Ela é que pediu!»