segunda-feira, outubro 29, 2007

=)


Há segundos que valem uma vida. Sorrisos que valem tesouros.
Guardo-os todos =)

I'm so Happy =D

segunda-feira, outubro 15, 2007

Muralhas

O meu castelo é grande, alto.
Castelo erguido em pedras por mim carregadas, com mais ou menos esforço ou sacrifício. Cimentadas pelas minhas angustias, sofrimentos, lágrimas num rosto que há muito lavei.
Dele apenas espreito por duas janelas estreitas, ou pela fechadura de uma pequena porta que ainda mantenho fechada.
"Eu quero amar, eu quero ser aquilo que Deus quer" mas... refugio-me nos meus medos. Isolo-me, encubro-me numa fortaleza tão fraca quanto a sua imensidão.

Castelo de Cartas! Castelo de Areia! mas que me dão essa ilusão de segurança.
Entre muros deitado vejo o céu, azul, azul claro brilhante, com uma ou outra nuvem passageira que me parece dar os bons-dias enquanto abre um sorriso.
Quando ouso contra as vertigens e escalo os degraus de uma das torres, consigo mesmo avistar uma praia, o mar, um lago, um caminho e... outros castelos?!
Sento-me a contar pedras - histórias, memórias, fósseis do passado - que me encobrem, me escondem e me iludem a realidade, a verdade tão próxima.
Por trás da porta!? Sim... por trás da porta...
Coragem! Corageeem!! Falta-me coragem para enfrentar tudo, abrir essa porta e derrubar todas as muralhas... sentar sobre todo o entulho cheio de força e confiança.
Amar! Talvez seja esse o maior medo. (Parvo!)
Amar, saber amar sem barreiras, desprendido, despido, desprovido e desarmado em todos os meus sentidos.

"Aqui me encontro ajoelhado", com esta pequena pedra que me apertava no sapato e que agora observo tão claramente na palma da minha mão. Tão pequena, tão simples. Sorrio para ela, a pedra do meu... "medo de amar" de não saber amar, de jamais ter amado, de nunca Te ter amado ou não me lembrar disso.
Coração de bicho-de-conta, que cai e se fecha, enrolado, protegido, fechado em si, amarrado de forma egoísta a um amor enorme, a tudo o que tem para dar.
Sinto-me pequeno como essa pedrinha sorridente :) Mas sim! "Eu quero amar, eu quero ser aquilo que Deus quer", e já sei! Claro que só podia ser assim tão simples, tão invisível a um mundo desatento. Basta fechar bem a mão, apertar bem, e atirar este grão de areia contra a porta. Tudo se desmoronará =D

Ahhh! de repente encontro-me tão bem, tão leve, no meio das pedras espalhadas sobre uma relva bem verde ao meu redor, fecho os olhos e apenas escuto o vento que me envolve, um aroma que me ilumina os sonhos.
Medos, vaidades, injustiças, vergonhas, faltas de confiança e humildade, egoísmos, são agora meia dúzia de berlindes com que brinco divertido como um "puto" que sou. Os meus berlindes, meus tesouros coloridos! :)
Sinto-me bem, simples, "como criança, cheia de esperança no olhar".